sexta-feira, 31 de maio de 2013

PREDAÇÃO - Biologia, ZOOLOGIA, Trabalho Escolar.


PREDAÇÃO

Embora "prejudicial" do ponto de vista do animal que pode ser morto, a predação é benéfica para a população das presas, pois constitui um fator seletivo e contribui, assim, para a evolução da espécie.
Predação é um tipo de interação entre duas espécies distintas, na qual o animal de uma espécie provoca a morte de outro de espécie diversa com a finalidade de alimentar-se de seus despojos. É uma das principais formas de seleção natural entre os seres vivos, e também um dos mecanismos básicos para regular as populações e comunidades animais existentes.
O fenômeno é mais notório entre os animais, mas alguns vegetais também podem ser considerados predadores. É o caso das plantas chamadas carnívoras, que se alimentam de pequenos invertebrados, sobretudo de insetos. Os animais são atraídos pelas secreções açucaradas produzidas por essas plantas e acabam presos pela ação de curiosos mecanismos, algumas vezes semelhantes a molas mecânicas.
Os predadores mais importantes dentre os animais são os mamíferos carnívoros, principalmente os felinos, mas esse tipo de interação é extremamente comum entre as várias espécies animais. Pode-se afirmar que não existe um só grupo zoológico que não conte com alguma espécie predadora, em maior ou menor medida. Entre os vertebrados, muitos se alimentam de outros seres vivos, mas diversos animais herbívoros também se enquadram na definição de predadores, já que destroem as plantas de que se nutrem. Outros, como os ruminantes, se limitam a arrancar parte de certas plantas, mas não impedem seu futuro crescimento.
Por meio de mecanismos de adaptação, algumas espécies predadoras são dotadas de armas ofensivas eficazes ou de características anatômicas e funcionais que beiram a perfeição. Isso é evidente quando se assiste ao ataque de um grande felino ou se observa um falcão que, em pleno vôo, atinge sua presa com uma bicada espetacular. Mesmo nas noites mais escuras, as corujas conseguem detectar os movimentos dos ratos. Muitos morcegos utilizam um sofisticado mecanismo na caça de suas presas: enquanto voam, emitem uma pulsação sonora semelhante ao sonar dos navios e os dados sensoriais que recebem guiam-nos até a presa. Os pelicanos brancos atuam em grupo; formam um semicírculo na água, batem fortemente as asas e atraem os peixes para o raso, onde são facilmente capturados.
Órgãos sensoriais hipersensíveis -- como a visão, no caso das aves de rapina, e o olfato dos felinos --, poderosos sistemas musculares, de rápida eficácia em curtos intervalos de tempo, dentes e garras fortes, agilidade, destreza, velocidade: essas são algumas das características que identificam os maiores predadores, cuja ação se concentra em outros animais igualmente grandes, ou situados num nível mais avançado da escala evolutiva.
Todos os elementos da natureza mantêm um perfeito equilíbrio entre si. No caso do conjunto formado pelo predador e sua presa, isso se cumpre com fidelidade matemática. A relação entre ambos é tão estreita que o desaparecimento do predador determina a proliferação desordenada da presa, a conseqüente superpopulação e o rápido declínio, provocado pela competição excessiva entre os membros de uma mesma espécie. A médio prazo, os efeitos desastrosos do desaparecimento do predador não tardam a se fazer sentir. A longo prazo, a ação predatória exerce influência positiva sobre as presas, pois estimula a evolução da própria espécie, ao agir como fator seletivo.
Na natureza, é bastante rara a eliminação de toda uma população de presas como conseqüência da ação de predadores. Em geral, isso ocorre somente quando, entre duas determinadas populações, a relação predador-presa é recente em termos evolutivos, ou seja, ainda não houve tempo suficiente para uma possível acomodação adaptativa entre elas.
Em ecologia, além da predação, há ainda outras relações entre diferentes espécies pelas quais a população de uma delas obtém alimento ou satisfaz alguma necessidade com prejuízo para as populações da outra espécie: a competição interespecífica e o parasitismo. A competição interespecífica ocorre quando, por exemplo, duas espécies precisam de um mesmo recurso encontrado no ambiente em quantidade insuficiente para satisfazer as necessidades de ambas as espécies. A competição resultante pode ser muito severa e, nesse caso, é freqüente o desaparecimento de uma das populações do local. Parasitismo é a associação entre duas populações em que uma delas, a dos parasitas, obtém nutrientes do corpo dos indivíduos vivos da outra, a dos hospedeiros.

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