quarta-feira, 29 de maio de 2013

CROMOSSOMOS - Genética - Biologia - Trabalho Escolar - Trabalhos Escolares



OS CROMOSSOMOS


1. Os Cromossomos

O aspecto da cromatina varia durante a vida da célula. Durante a intérfase está descondensada na sua maior parte, na forma de filamentos longos e finos.

Em um certo momento da vida das células, ocorre duplicação dos filamentos da cromatina. Antes de iniciada a duplicação, cada filamento de cromatina é chamado cromonema. Após a duplicação, cada filamento encontra-se unido a um outro, idêntico. Ambos permanecem unidos como gêmeos siameses: são cromátides-irmãs.

No final da intérfase, a cromatina começa a condensar por enovelamento dos filamentos, que ainda sofrem várias dobras e aumentam muito em espessura, enquanto seu comprimento diminui milhares de vezes.

Embora não haja alteração na composição química dos filamentos, sua estrutura espacial se modifica totalmente, de longos e finos fios, na intérfase, para novelos compactos, na mitose. Quando condensados, os filamentos de cromatina podem ser tracionados, com menor chance de se romper.

Em uma célula humana, cada um dos 46 filamentos de cromatina é empacotado, formando 46 cromossomos.

Nota-se, na figura, uma região estreitada em que se unem as duas cromátides que formam esse cromossomo. É o centrômero ou constricção primária. Os cromossomos são classificados de acordo com a posição que o centrômero ocupa ao longo deles:



a) Metacêntricos: cromossomos cujo centrômero fica no meio, separando cada cromátide em dois braços de mesmo tamanho.



b) Submetacêntricos: possuem o centrômero afastado do meio e, em cada cromátide, os dois braços têm tamanhos um pouco diferentes.



c) Acrocêntricos: cromossomos cujos centrômeros localizam-se próximos a uma das extremidades, com um braço bem menor que outro.



d) Telocêntrico: o centrômero localiza-se em uma das extremidades do cromossomo.



Além do centrômero, alguns cromossomos têm outra região de estreitamento, a constricção secundária. A porção separada do corpo do cromossomo é a zona sat ou satélite, relacionada com a formação dos nucléolos.

A observação dos cromossomos mostra que, em um núcleo, geralmente eles ocorrem aos pares, chamados cromossomos homólogos. São iguais quanto ao tamanho, a forma e a posição do centrômero.

O número de cromossomos varia de espécie para espécie, e a contagem é feita nas células do corpo, chamadas células somáticas, nas quais existem cromossomos aos pares. Os gametas, células reprodutivas que se fundem na formação de novos indivíduos, têm a metade da quantidade de cromossomos de uma célula somática.

Consideremos uma espécie em que uma célula muscular ou qualquer outra célula somática tenha 6 cromossomos. Nos gametas dessa espécie, há 3 cromossomos.



espermatozóide 3 cromossomos

==> célula-ovo 6 cromossomos

óvulo 3 cromossomos

Note algumas coisas importantes:

1) Nos gametas, não há pares de homólogos.

2) Os cromossomos do espermatozóide formam um lote semelhante ao encontrado no óvulo.

3) A célula-ovo tem dois lotes de cromossomos, um proveniente do espermatozóide e outro proveniente do óvulo.

4) A célula-ovo tem pares de cromossomos homólogos e, em cada par, um deles foi recebido do espermatozóide e o outro, do óvulo.



Nos gametas, só há um cromossomo de cada tipo. O conjunto formado por um cromossomo de cada tipo corresponde a um lote n de cromossomos, ou genoma. A quantidade de lotes n que uma célula possui em seu núcleo é a sua ploidia.

As células que têm uma quantidade de cromossomos igual a n, como os gametas, são haplóides. na célula-ovo, os cromossomos estão aos pares, e, em seu núcleo, há dois lotes n de cromossomos, perfazendo o total 2n. Células que possuem quantidade 2n de cromossomos são diplóides. Na espécie humana, temos:

espermatozóide 23 cromossomos

===> célula ovo 46 cromossomos

óvulo 23 cromossomos

Cariótipo é o conjunto de características do lote cromossômico de uma célula diplóide, típicas de cada espécie: número, tamanho, forma e classificação dos cromossomos quanto à posição dos centrômeros.

A observação do cariótipo é mais fácil durante a divisão celular, quando os cromossomos estão condensados e facilmente identificados ao microscópio. Uma vez fotografados, a foto obtida é recortada, e os pares de cromossomos agrupados de acordo com a classificação e em ordem decrescente de tamanho.

2. Os Cromossomos Gigantes



Durante a formação dos gametas femininos, na maioria dos vertebrados, aparecem em alguns cromossomos projeções laterais semelhantes a alças, o que dá ao par de homólogos a aparência de penas de aves. Por isso, são chamados cromossomos plumulosos.






Nas glândulas salivares da Drosophila melanogaster, há cromossomos formados por dezenas de cromátides sobrepostas, formadas por repetidas duplicações dos filamentos sem divisão celular. São chamados cromossomos politênicos. Apresentam regiões onde se formam numerosas alças laterais. Essas são os puffs cromossômicos, local de intensa produção de RNA mensageiro.



3. Os Cromossomos Sexuais

Na maioria das espécies, há um par de cromossomos cujos componentes são diferentes nos machos e nas fêmeas. São os cromossomos sexuais ou alossomos. Todos os outros pares, idênticos nos dois sexos, são cromossomos autossomos.

Em nossa espécie, os homens têm 46 cromossomos, dos quais 44 (ou 22 pares) são autossomos e um par é formado por um cromossomo X e um cromossomo Y. As mulheres têm os mesmos 44 autossomos e mais um par de cromossomos X. Os cromossomos X e Y são cromossomos sexuais.

Nas mulheres, um desses cromossomos X está condensado, e forma a cromatina sexual.

Na espécie Drosophilla melanogaster, conhecida como "mosca-das-frutas", encontram-se, em suas células diplóides, 8 cromossomos.





Seis dos seus cromossomos são autossomos e dois são cromossomos sexuais, facilmente identificados nos desenhos.

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