sexta-feira, 31 de maio de 2013

A SEGUNDA LEI DE MENDEL - Os Resultados com o Diibridismo - A Formação de Gametas - GENÉTICA - O Estudo dos Cruzamentos com Dois ou mais Pares de Genes Alelos - Biologia - Trabalho Escolar


A SEGUNDA LEI DE MENDEL


1. Os Resultados com o Diibridismo

A Primeira Lei de Mendel trata do chamado monoibridismo, ou seja, do estudo de uma característica. Todavia, em um determinado momento do seu trabalho, Mendel passou a analisar simultaneamente duas ou mais características. O acompanhamento simultâneo de dois pares de genes alelos se chama diibridismo; de três pares, triibridismo e assim sucessivamente.

Um desses pares de características estudados por Mendel, com a ervilha-de-cheiro (Pisum sativum), foi a textura das sementes, que podem ser lisas ou rugosas, e a cor das sementes, amarelas ou verdes.

Na geração parental, Mendel cruzou plantas puras de ervilhas com sementes amarelas e lisas e plantas puras com sementes verdes e rugosas. Na primeira geração filial, todas as plantas obtidas apresentavam sementes amarelas e lisas. Isso não se constituiu, para Mendel, nenhuma novidade, pois em seus trabalhos com o monoibridismo ele já havia determinado que essas eram as variedades dominantes.

Ao realizar a autopolinização das plantas da geração F1, a geração obtida (segunda geração filial ou geração F2) apresentava uma distribuição fenotípica um pouco "estranha":






O que foi proposto por Mendel se tornou conhecido como a Segunda Lei de Mendel, que pode ser enunciada da seguinte forma: "Na formação dos gametas, os diferentes pares de fatores se segregam independentemente, de tal maneira que cada gameta recebe apenas um fator de cada par. Todos os possíveis tipos de gametas serão produzidos nas mesmas proporções".

Essa conclusão, de fato, pode explicar a proporção de 9:3:3:1 obtida na segunda geração filial. A planta pura com sementes amarelas e lisas tem genótipo VV RR, e todos os gametas que ela produz tem os genes VR. A planta pura com sementes verdes e rugosas possui o genótipo vv rr. Os seus gametas têm os genes vr. Assim, todas as plantas híbridas da geração F1 têm o genótipo Vv Rr. Como esses dois pares de genes alelos se separam independentemente, as plantas híbridas produzem 4 tipos de gametas, nas mesmas quantidades.






Com a união desses tipos de gametas, a segunda geração filial irá apresentar os possíveis descendentes:




Proporções Fenotípicas

9 amarelas lisas : 3 amarelas rugosas : 3 verdes rugosas : 1 verde lisa

Proporções Genotípicas

9 V_ R_ : 3 V_ rr : 3 vv R_ : 1 vv rr

2. A Formação de Gametas

A quantidade de gametas diferentes que um indivíduo pode produzir depende de quantos pares de genes alelos estão sendo considerados. Caso estejamos diante de um indivíduo de genótipo Aa Bb, ele poderá gerar 4 tipos diferentes de gametas, e todos deverão aparecer nas mesmas proporções:






Se o genótipo considerado tiver 3 pares de genes alelos, são 8 os tipos de gametas, também formados nas mesmas proporções:





Um indivíduo de genótipo AAbbccDD origina apenas um tipo de gameta. Como ele é homozigoto para todos os pares de genes considerados, todos os gametas que ele gerar receberão os mesmos genes: AbcD.

Se o genótipo considerado for aaBbCCDd, são 4 os possíveis tipos de gametas: aBCD, aBDd, abCD e abCd. Todos esses tipos são originados nas mesmas quantidades.

Portanto, o número de tipos diferentes de gametas que podem ser produzidos depende do número de pares de genes que estão em heterozigose. Vamos chamar de n o número de pares heterozigotos. A quantidade de tipos diferentes de gametas que podem ser gerados é dada por . Vejamos alguns exemplos:



3. O Estudo dos Cruzamentos com Dois ou mais Pares de Genes Alelos

Para que se possa determinar as descendências dos cruzamentos nos quais se acompanha dois ou mais pares de genes alelos, devemos considerar cada par de genes como um evento independente, e a probabilidade de aparecimento de cada tipo de descendente pode ser calculada multiplicando-se as probabilidades de ocorrência de cada um dos eventos.

Por exemplo, qual é a probabilidade de que o cruzamento Aa bb Cc X aa BB Cc origine um descendente de genótipo aa Bb CC? Vamos calcular as probabilidades em um par de cada vez!

a) Par A: probabilidade de aparecimento de um descendente aa no cruzamento Aa X aa

P = 1/2 ou 50%



b) Par B: probabilidade de aparecimento de um descendente Bb no cruzamento bb X BB

P = 1 ou 100%



c) Par C: probabilidade de aparecimento de um descendente CC no cruzamento Cc X Cc

P = 1/4 ou 25%



Uma vez determinadas as probabilidades de cada evento, a probabilidade de ocorrência simultânea é dada pelo produto das probabilidades de cada um deles.

P(aa Bb CC) = 1/2 . 1 . 1/4 = 1/8 ou 12,5%

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