sexta-feira, 31 de maio de 2013

ESQUILO - Biologia, ZOOLOGIA, Trabalho Escolar.


ESQUILO


Considerados autênticos equilibristas dos bosques do hemisfério norte, os esquilos têm grande capacidade adaptativa: algumas espécies vivem nos desertos, outras adquiriram até a capacidade de planar.
Esquilo é um mamífero da ordem dos roedores, família dos ciurídeos. Existem aproximadamente 250 espécies, distribuídas por todo o mundo, com exceção da Oceania. Possuem cauda peluda, mais longa do que o corpo. Os dentes incisivos, muito fortes, são capazes de roer um coco dos mais duros. São em geral arborícolas e constroem um ninho com folhas secas no oco das árvores. Em função de seus hábitos e de sua biologia, os ciurídeos dividem-se em dois grupos: os ciuríneos, que abrangem os verdadeiros esquilos e as marmotas, e os teromíneos ou esquilos voadores.
Dentro do primeiro grupo, cabe mencionar o esquilo-comum ou europeu (Sciurus vulgaris). De cor avermelhada, apresenta as pontas superiores das orelhas cobertas de pêlos eretos e rígidos, como um pincel. Sua área de distribuição compreende a Europa e o norte da Ásia. Habita bosques de coníferas e também as zonas de árvores de folhas caducas, alimentando-se de bolotas de carvalho, nozes e sementes, que armazenam nos troncos das árvores ou no solo, além de brotos e insetos. É um animal de hábitos diurnos, e sobe pelos galhos com grande agilidade. Ao chegar o inverno, sua atividade decresce, mas não chega a hibernar. O período de gestação é de quase sete semanas, e de cada parto podem nascer três crias.
O esquilo cinzento ou americano (S. carolinensis), também arborícola e maior que o anterior, é originário da América do Norte. Tem o pêlo acinzentado e seus hábitos são muito parecidos com os da espécie européia. Os esquilos colonizaram também o deserto americano, aonde vivem em esconderijos subterrâneos de até um metro de profundidade. Destaca-se o esquilo-do-mojave (Citellus mohavensis), que passa grande parte do ano em letargia.
Os esquilos-voadores vivem na Eurásia e na África equatorial; possuem, ao longo dos flancos, uma espécie de pára-quedas de pele que lhes permite atirarem-se, planando, de árvore em árvore. Nesse grupo cabe mencionar duas espécies européias, o esquilo-voador (Pteromys volans) e o esquilo-voador- gigante (Petaurista petaurista), e uma africana, o esquilo-voador-cinza (Anomalurus fraseri).
Os esquilos são conhecidos no Brasil pelos nomes de caxinguelê, serelepe e quatipuru, este largamente difundido na Amazônia, onde vive a maioria das espécies brasileiras (mais de uma dúzia). A espécie mais comum no centro do Brasil é Guerlinguetus ingrami, de tonalidade olivácea, garganta branca, peito e barriga claros. No Brasil não existem espécies terrícolas. Segundo H. von Ihering, o esquilo é responsável pelos furos quadrangulares que se vêem nas taquaras de certas matas do Brasil; cortam-nas à procura de água ou de bichos-de-taquaras. A biologia dos esquilos brasileiros ainda é mal conhecida.

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