sexta-feira, 26 de abril de 2013

Quais cidades, estados brasileiros e países pedem artigo definido? - Matéria Português - Dicas de Português - Língua Portuguesa



Quais cidades, estados brasileiros e países pedem artigo definido?

…quando devemos usar os artigos definidos antes dos nomes de cidades, estados brasileiros e países?

É importante lembrarmos que o uso do artigo definido pode mudar o sentido da frase. “Está preso em presídio estadual” é diferente de “Está preso no presídio estadual”. No primeiro caso, o estado tem dois ou mais presídios; no segundo, só há um presídio estadual.

Quanto aos nomes de cidades, estados e países, o problema é sério e merece muito cuidado.

1)    São poucas cidades que exigem artigo: o Rio de Janeiro, o

Porto, o Cairo… Os nomes da maioria das cidades são usados sem artigo: São Paulo, Curitiba, Salvador, Fortaleza, Porto Alegre, Paris, Roma, Lisboa…

Quando o nome da cidade é caracterizado por qualquer expressão, o artigo se torna obrigatório: a progressista Curitiba, a bela Porto Alegre, a antiga Roma, a Paris dos meus sonhos.

2)    Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pernambuco,

Rondônia, Roraima, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe são usados sem artigo. Os demais estados brasileiros exigem o artigo: o Amazonas, o Pará, o Ceará, a Paraíba, a Bahia… Com Alagoas e Minas Gerais, o artigo é facultativo: hoje usamos Alagoas e Minas Gerais (=sem artigo); mas também é correto usar “as Alagoas” e “as Minas Gerais”.

3) A maioria dos nomes de países exigem o artigo: a Argentina, o Brasil, a Alemanha, o Peru, a Espanha, o Uruguai… Mas há um bom número que rejeita o artigo: Israel, Portugal, Cuba, Angola, Moçambique, Cabo Verde…

Como podemos constatar, não há propriamente uma regra.





DÚVIDA DO LEITOR

Agilizar ou agilitar?

Escreve o nosso leitor: “Se num dicionário consta determinado vocábulo, isso não quer dizer que ele seja vernáculo. Especialmente se a formação da palavra está em desacordo com as normas do idioma (agilizar, por exemplo, é horrível; se não escrevemos facilizar, habilizar, devemos escrever agilitar)”.

Discordo. A incorporação de um neologismo se deve ao seu uso consagrado. E a formação de agilizar não está em desacordo com as normas do idioma. Se temos facilitar e habilitar (formadas com o sufixo “-itar”), também temos normalizar e utilizar (formadas com o sufixo “-izar”).

Quando ao uso, não tenho dúvida alguma de que a maioria fala agilizar. Nas poucas vezes em que ouvi alguém dizer “agilitar”, sempre percebi certo mal-estar e aquela desagradável situação: todos olhando para mim à espera de uma reação.





DÚVIDA DO LEITOR

VIGIR ou VIGER?

Observação de um leitor a respeito de um informe publicitário: “O controle de preços dos medicamentos é inconstitucional e é impossível de vigir porque vai contra o princípio da livre concorrência estabelecido pela Constituição.”

O nosso atento leitor tem razão. O verbo vigir não existe. O verbo é viger, sinônimo de “vigorar, ter validade”. Do verbo viger derivam-se o substantivo vigência e o adjetivo vigente: “Durante a vigência do contrato…”; “O prazo vigente é…” Portanto, o correto é dizer que “o controle de preços ainda está vigendo”.



DESAFIO

Qual é o significado de INANIÇÃO?

(a)  Absorção pelas vias respiratórias, de vapor de água puro ou misturado a substâncias medicamentosas;

(b)  Resultado da privação total ou parcial de alimento, fraqueza, extrema debilidade;

(c)  Que nunca se ouviu dizer, extraordinário, espantoso.



Resposta:

Letra (b) = inanição é o estado de inane, que significa “vazio, oco, que nada contém”. Falamos muito de inanição quando nos referimos àquelas pessoas que se encontram em estado de extrema fraqueza por falta total ou parcial de alimentação.

A absorção pelas vias respiratórias, de vapor de água puro ou misturado a substâncias medicamentosas é inalação.

E o que nunca se ouviu dizer é inaudito.



CRÍTICA DO LEITOR

“Todos os pedidos de rede de rádio e TV, de qualquer ministro, é atendido…” e “Não existe, no Brasil, instalações para internação específica de dependentes químicos”.

Observação de um leitor muito atento: “A minha impressão é que há dois grandes culpados pela maioria dos nossos erros de concordância: 1o) a distância entre o sujeito e o verbo; 2o) o sujeito posposto (=sujeito depois do verbo)”.

Concordo com nosso leitor. Ele está corretíssimo:

1o) a distância entre o sujeito e o verbo: “Todos os pedidos…são atendidos…”;

2o) o sujeito posposto (=sujeito depois do verbo): “Não existem…instalações…”

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